quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Um dia, um jogo!

Finalmente havia chegado o dia tão esperado do jogo. Ansiosa, contava os minutos no trabalho para poder ir embora e finalmente encontrar com o pessoal para assistir ao jogo. Cheguei no estádio empolgada, sabia que poderia ser dificil, mas tinha aquela certeza de que sairia dali feliz, comemorando a vitória de meu time. O jogo começou e com o passar dos minutos a alegria foi embora, deu lugar à preocupação. Não estava gostando do que estava vendo no campo. Final de jogo e aquele gosto de derrota na boca e aquela dor no peito, mas fazer o que, a vida continua. Saindo do estádio, ele se aproximou. Puxou papo, "colou", se apresentou, era recém chegado, estava se enturmando ainda, perguntou por que não tinha me visto antes. Expliquei que estava com outros amigos do grupo, nos acompanhou, eu e minha amiga, até encontrar a galera. Reparei no seu olhar, tinha interesse, mas não tinha vulgaridade, gravei em minha mente a sensação. Me senti tranquila, senti confiança. Me despedi e fui embora com meus amigos. Iria subir a serra e me encontrar lá em cima com meu outro amigo pois iria acampar na casa deste amigo. Quando cheguei no ponto de encontro ele estava lá novamente. Disse que ficou esperando para saber se estava tudo certo. Respondi que sim e anotei mentalmente a atitude dele. Eu e minha amiga fomos para a casa de nosso amigo e conversamos muito, madrugada a dentro. Amanheceu muito rápido e fui para o trabalho, vendo letrinhas coloridas onde não tinha. De manhã recebo um email. Era dele. Me perguntava se tinha chegado bem e se me lembrava dele. Respondi que sim. Sorri comigo mesma e pensei em como poderia esquecer depois da atenção dispensada a mim no dia anterior.
Trocamos emails, trocamos informações e fiz uma brincadeira oferecendo um jantar em troca de um favor. Nunca fui atendida tão rápido ao pedir um favor. Pensei: por que não? E o jantar foi marcado. O dia chegou e fui para casa testar meus novos dotes culinários, fazer um prato que nunca havia feito antes, não tive coragem de falar que nunca havia feito o prato (orgulho?!). Estava ansiosa, nunca havia passado por esta situação. As horas passaram e já estava quase entrando em pânico pensando: Será que desistiu?!
Mas ele chegou. Fui recebê-lo. Na hora que o vi, parado no portão, pensei: Já era. Tudo o que eu havia planejado não iria funcionar. Sorri para mim mesma, enquanto entrava em casa e pensei: estou enrascada.
E estava mesmo. O jantar foi muito melhor do que tinha imaginado. Ele me surpreendeu em tudo, até no beijo roubado, pega de surpresa. O carinho, a atenção, a preocupação comigo, o jeito de falar. Ficou gravado em minha mente como se tivesse sido gravado em brasa. As horas passadas com ele pareceram passar muito rápido. E as lembranças daquelas horas estão presentes todos os dias em minha mente.
Me lembro hoje do jogo e não me lembro mais da derrota. Me lembro que o conheci naquele dia. E a ironia do jogo da vida fez com que ele marcasse um gol de placa, daqueles indefensáveis, meu próprio coração foi derrotado de cara, não estava preparado para se defender. Este jogo está 1 x 0. Fico pensando se consigo reverter este placar. Um empate já estaria de bom tamanho. Mas o jogo da vida não tem tempo certo para acabar. Quem sabe?!

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